Na verdade, hoje ainda se gere
algum resíduo, que é a vinhaça, um subproduto gerado ao se produzir etanol. Mas
pode se fazer biogás ou outros produtos a partir dessa vinhaça. A cana é moída
em uma destilaria anexa, produz-se o açúcar, o etanol, a energia elétrica,
através da queima do bagaço, e praticamente se faz o uso integral, uma vez que
o único resíduo que se geraria, a vinhaça, ou é aproveitado para fazer biogás
ou é colocado novamente no campo como fonte de potássio. Estamos usando muito
bem a cana.
E o que é a chamada primeira, segunda e terceira gerações de etanol?
Primeira geração é quando você
mói a cana e tira o etanol direto da fermentação. A segunda geração seria fazer
o etanol de biocelulose, ou seja, a partir do bagaço ou de qualquer outro
material de biocelulose. O etanol de terceira geração pode ter, em princípio,
duas rotas. Uma delas é fazer com que microalgas (Kappaphycus alvarezii)
cresçam usando o próprio CO2 que é liberado na fermentação. A outra é fazer a
rota termoquímica, que é utilizar o bagaço em um produto chamado gás de síntese
e a partir do gás de síntese fazer o etanol.
Isso já está sendo feito ou ainda está em fase de testes?
Eles não estão ainda em
produção. Não se tem nenhum de segunda e de terceira gerações em escala de
produção. A maior preocupação é tornar isso daí economicamente viável. Nos
próximos cinco anos já devemos ter algumas unidades fazendo uso do etanol de
segunda geração. Estamos falando do aumento de 30% a 40% da produção de etanol
sem aumentar a área plantada.
Para ler a integra da entrevista
promovida pelo programa Globo Universidade com o professor e pesquisador titular da Faculdade de Engenharia
Química Rubens Maciel Filho.
Acesse o link: http://www.udop.com.br/index.php?item=noticias&cod=1081473
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