segunda-feira, 27 de maio de 2013

Açúcar: previsão de chuva impulsiona preços dentro e fora do Brasil


 A previsão de chuvas para as regiões produtoras de cana-de-açúcar no Brasil voltou a impulsionar os preços do açúcar demerara na sexta-feira (24) nos mercados internacionais e doméstico. Depois de consecutivas quedas, o preço da commodity registrou ganhos de 0,34% no mercado interno. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq) da USP, que se concentram nos negócios firmados pelas usinas paulistas, a saca de 50 quilos do tipo cristal fechou o dia cotada a R$ 43,83 ante R$ 43,68.

Apesar da reação da sexta-feira, dados do diretor da Archer Consulting, Arnaldo Corrêa, no artigo "A catarse do setor", mostram que alguns fatores têm influenciado no tom baixista da commodity. Segundo o artigo, o consumo de refrigerantes, por exemplo, caiu 5,5% no primeiro trimestre do ano em relação ao primeiro trimestre do ano passado e os consumidores industriais de açúcar querem pagar a matéria-prima com prazo de 150 dias. Pelo menos é isso que estão colocando na mesa de negociações. Mais um motivo para que as usinas virem tudo que puderem para o etanol. A impressão que se tem é que a coisa vai piorar de tal maneira e a situação vai ficar tão crítica para as usinas, que poderemos ter paradoxalmente uma alta explosiva de preços na próxima safra", diz. 

Nos mercados externos, os preços do açúcar também registraram valorização, ainda que leves. Em Londres, os contratos com vencimento para agosto/13, fecharam a semana com a tonelada negociada a US$ 476,40, o equivalente a US$ 1,50 a mais por tonelada da commodity. Em Nova York, os contratos com vencimento para julho/13 foram negociados com ganhos de oito pontos, cotados a 16,84 centavos de dólar por libra-peso.

De acordo com o vice-presidente sênior da corretora Newedge, Michael McDougall, "as lavouras de cana brasileiras devem ter chuvas de moderadas a pesadas, o que pode interromper a colheita temporariamente. Por outro lado, as precipitações serão benéficas para o avanço de novos plantios de cana, que haviam sido paralisados por conta do tempo seco", disse McDougall, à Dow Jones Newswires reproduzido pelo jornal Valor Econômico de hoje (27)

27/05/13 -
Greizi Ciotta Andrade
Fonte: Agência UDOP de Notícias


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